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Entenda como os vírus infectam seu computador
Ao conhecer os vetores de ataque, fica mais fácil se proteger das pragas.
Os vírus se restringem a algumas poucas formas -- ou “vetores de ataque”, na linguagem técnica – para chegar até um computador. Sendo assim, não vale a pena se preocupar o tempo todo com situações raras ou que necessitam de uma série de condições para funcionar. Ao conhecer os principais vetores de ataques, tema da coluna de hoje, você pode tomar precauções para evitar boa parte dos vírus. Veja como eles chegam até as máquinas e, no texto mais abaixo, como se proteger dessas pragas.
Se você tem alguma dúvida sobre segurança da informação (antivírus, invasões, cibercrime, roubo de dados, etc), vá até o fim da reportagem e utilize a seção de comentários. A coluna responde perguntas deixadas por leitores todas as quartas-feiras.
Mensagens instantâneas e redes sociais
Qualquer meio de comunicação na internet pode ser abusado por criminosos. Como os usuários são amigos ou se conhecem, a tendência é confiar naquilo que se recebe. Várias pragas, quando infectam um computador, fazem com que os programas de mensagem instantânea enviem links ou arquivos disseminando o vírus para os contatos da vítima.
Nos piores casos, o vírus poderia explorar uma brecha no programa de mensagem instantânea ou no site de rede social (e no navegador web, ver abaixo). Com isso, a infecção seria automática, sem a necessidade de clicar em nada. Mas isso é raríssimo.
Portanto, uma dica para evitar problemas é confirmar com o contato se ele realmente enviou o link antes de clicar no endereço indicado por aquela pessoa.
Brecha no sistema
Programas de computadores possuem falhas e erros. Sistemas operacionais não são diferentes, e brechas em componentes de sistema podem ter um impacto bem grande. Algumas dessas vulnerabilidades já permitiram que vírus se espalhassem de um computador para o outro sem nenhuma ação do usuário. Basta estar conectado à internet para se tornar vítima.
Esse tipo de vírus é facilmente evitado. Basta usar um firewall, acessar a internet por meio de um roteador ou manter o sistema atualizado. Esse último, aliás, deve ser feito de um jeito ou de outro.
>>> Brecha no navegador e plugins
É fácil ser levado de um site para outro por meio de links, redirecionamentos automáticos e pesquisas variadas na web. Visitamos muitos sites e a maioria deles é legítimo e seguro. Acessamos links curtos no Twitter que nem sabemos para onde vão. É assim que se navega na rede. Infelizmente, nem todos os sites são inofensivos.
É possível evitar alguns conteúdos muito suspeitos, como pirataria, mas estimativas indicam que cerca de 6 milhões de páginas da web são infectadas a cada semestre. Em outras palavras, criminosos conseguem invadir e alterar os sites, tornando seus visitantes vítimas.
A melhor maneira de se proteger é manter o navegador web e todos os plugins, como Flash, PDF, QuickTime e Media Player, atualizados. Isso impede que um hacker consiga criar uma página que automaticamente infecte o seu sistema.
Os navegadores possuem sistemas de atualização automática. O Internet Explorer depende do Windows Update. Os plugins precisam de cuidado extra, pois nem todos têm sistemas de atualização automática eficientes. O Flash, da Adobe, por exemplo, não tem. O Firefox está alertando usuários a respeito de versões desatualizadas de plugins, mas outros navegadores não fazem o mesmo.
E-mails
O e-mail é uma maneira muito eficaz para disseminar vírus. Milhões de e-mails podem ser enviados a um custo baixíssimo, muitas vezes a partir de computadores previamente infectados.
Há várias maneiras comuns para se disseminar uma praga por correio eletrônico. As pragas automatizadas enviam mensagens geradas automaticamente. O arquivo malicioso é anexado. Existem casos, porém, em que o criminoso constrói um e-mail para enganar as vítimas e os arquivos são, normalmente, referenciados por links. Confira aqui alguns exemplos desses e-mails.
Assim como os programas de mensagem instantânea, sites e clientes de e-mail também podem ajudar os criminosos a abusar da confiança entre internautas. Mas atenção: o campo “De:” em um e-mail pode ser forjado. Por isso, cuidado ao confiar na informação de remetente. Analise a mensagem e, se vier de um conhecido e ela for suspeita, confirme que a mesma foi enviada. Se vier de um desconhecido e tratar de um tema muito sério ou escandaloso, não abra!
Pen drives
Dez anos atrás, o problema estava com os disquetes. Hoje substituídos por pen drives, os vírus também se adaptaram. Usando o recurso de reprodução automática (“Auto Run”) do Windows, um vírus pode se copiar para um pen drive e forçar sua execução assim que o dispositivo for conectado em um computador.
Para impedir que isso aconteça, é possível instalar uma atualização de segurança do Windows que desativa a reprodução automática em pen drives. Com isso, o vírus ainda continuará armazenado, mas não será executado no seu computador. Em outras palavras, você poderá conectar dispositivos USB no seu PC com muito mais tranquilidade.
>>> Engenharia Social - “o cavalo de troia”
Existem muitos “presentes de grego” na internet. Programas que prometem funções sensacionais, softwares que ainda nem foram lançados e auxílios para trapaças em games são apenas alguns exemplos. Ao fazer o download de um desses aplicativos e executá-los, você pode estar sendo enganado. Em outros casos, um vírus virá de “acompanhante”.
Existem também os softwares que prometem, por exemplo, monitorar o computador de outra pessoa. Junto com eles chega também um componente extra que irá monitorar o computador de quem fez o download do programa.
A dica é desconfiar do que parece bom demais, e ficar longe de trapaças e pirataria.
Essas foram as dicas da coluna Segurança para o PC de hoje. Se você tem uma pergunta sobre segurança, deixe-a na área de comentários, logo abaixo, porque na quarta-feira (11) é publicado o pacotão da coluna, com respostas às dúvidas de leitores. Até lá!
* Altieres Rohr é especialista em segurança de computadores e, nesta coluna, vai responder dúvidas, explicar conceitos e dar dicas e esclarecimentos sobre antivírus, firewalls, crimes virtuais, proteção de dados e outros. Ele criou e edita o Linha Defensiva, site e fórum de segurança que oferece um serviço gratuito de remoção de pragas digitais, entre outras atividades. Na coluna “Segurança para o PC”, o especialista também vai tirar dúvidas deixadas pelos leitores na seção de comentários. Acompanhe também o Twitter da coluna, na páginahttp://twitter.com/g1seguranca.