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Sustentabilidade como Inovação no modelo de negócios das empresas
Na economia tradicional, clássica, como se sabe, o objetivo fundamental de qualquer organização
Na economia tradicional, clássica, como se sabe, o objetivo fundamental de qualquer organização, das empresas, é obter o maior retorno possível do capital investido. Para tanto, utilizam-se das ferramentas de gestão de que dispõem para superar seus concorrentes, para beneficiarem da melhor maneira possível seus stakeholders.
No entanto devido a diversas mudanças geopolíticas e socioeconômicas, criou-se, além dos fatores econômicos e financeiros, os fenômenos ambientais e sociais no cenário estratégico nos negócios das empresas, não apenas pela decorrência do descaso com que a natureza e as pessoas foram tratadas desde a Revolução Industrial, mas sobretudo pela percepção de que a continuidade do desperdício dos recursos humanos e naturais anunciam, desde então, a falência do modelo e um impasse para o desenvolvimento das sociedades.
Um dos fundamentos da Nova Economia e da sustentabilidade apoia-se na capacidade de inovação, onde as empresas são responsáveis pelo desenvolvimento de um processo sistêmico de retorno de valor para a sociedade, bem como por soluções sustentáveis para os impactos de suas atividades na utilização e renovação de recursos naturais.
Porém as empresas enfrentam diferentes desafios em cada estágio do seu modelo de negócio e para envolver a sustentabilidade, e devem desenvolver novas competências para enfrentá-los.
O desafio é entender e atender as necessidades das pessoas e do planeta de forma harmoniosa diante das mudanças globais.
O ponto crucial desse posicionamento é inovar com o objetivo de encontrar soluções sustentáveis com base no tripé da sustentabilidade – social, econômico, ambiental e também cultural envolvendo os públicos internos e externos da organização.
Vale lembrar que organizações podem influenciar legisladores, transformando aqueles que são resistentes em se aliar ao desenvolvimento sustentável.
Uma forma é a utilização de protocolos e normas internacionais orientadas para a sustentabilidade, que já é inclusive, uma realidade no Brasil. Por exemplo, se uma empresa pretende entrar para a carteira ISE Bovespa (Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa), esta precisa comprovar que possui ações estruturadas, organizadas e sistematizadas que visem à redução das emissões de gases do efeito estufa nas suas operações e atividades, incluindo seus parceiros e fornecedores, ou seja, toda cadeia de valor, que devem estar em conformidade com suas ações de sustentabilidade.
Outro ponto seria estabelecer metas para obtenção de eficiência ao utilizar fontes não renováveis (gás, carvão, e petróleo) e renováveis (água e madeira) de recursos naturais, envolvendo toda a sua cadeia de valor, e também trabalhar conjuntamente com seus fornecedores e parceiros para desenvolver produtos e serviços social e ambientalmente amigáveis e reduzir os desperdícios de operação.