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5 dicas para uma comunicação não óbvia e eficaz em 2018
Talita Chiodi, fundadora do Lab.vi, dá cinco dicas de como driblar os sequestradores de atenção e transmitir seu conteúdo de forma não-óbvia e criativ
O novo ano está às vésperas de começar e a maioria das empresas já fez o planejamento para 2018. Sabemos que o apoio dos colaboradores é essencial para o sucesso das corporações. Então, como transmitir de forma clara as mensagens mais importantes e engajar a equipe?
O primeiro passo é pensar em uma comunicação que não gere de cara aquela frustração, pois quando se fala em palestras, muitas pessoas já sentem calafrios e imaginam aquelas horas sentadas, ouvindo sobre assuntos que não lhes fazem muito sentido.
A especialista Talita Chiodi, fundadora do Lab.vi, dá cinco dicas de como, em meio a tantas demandas e ao excesso de informação, driblar os sequestradores de atenção e transmitir seu conteúdo de forma não-óbvia e criativa:
Sequestrador de atenção 1: desconforto no corpo
Já passamos horas parados no trânsito nos deslocando e outras horas sentados no trabalho produzindo. Imagina ficar horas seguidas absorvendo um conteúdo. Não dá para imaginar, não é? Nosso corpo não foi programado para ficar tanto tempo parado, se esforçando para fixar a atenção em um conteúdo específico. O deslocamento e a movimentação são cruciais para o bom funcionamento do corpo, além de ajudar a despertar o público e engajar a atenção, e isso tudo pode potencializar o aprendizado.
>>> Solução: Crie movimento e dinamismo.
Sequestrador de atenção 2: tédio
Pense que a empresa precisa trabalhar um tema delicado e desinteressante para o público como, por exemplo, o tema da anticorrupção ou do uso de equipamentos de proteção. Se já não é um tema interessante, imagina como o público ficará ao se deparar com uma pessoa que passará as próximas horas, abordando esses assuntos de forma direta, tradicional e, muitas vezes, prolixa. O fato do público pensar que existe um milhão de coisas mais importantes para se fazer do que estar ali, já é um grande sequestrador da atenção e da memorização do conteúdo apresentado. Então, saia da caixa, vá além da borda, crie uma história forte, surpreenda seu público desconstruindo o tema e se apropriando da essência da mensagem. No final do dia, você quer que as pessoas se lembrem do conteúdo, não é mesmo?
>>> Solução: Não fale diretamente do tema, saia do óbvio.
Sequestrador de atenção 3: passividade
Se o seu público achar que estar ali não faz a menor diferença para o resultado, se achar que é só para "o chefe ver", será um problema atrair e sustentar a atenção dele, por mais interessante que seja o tema, e por mais qualificado que seja o facilitador. O formato tradicional de aprendizagem, que a maioria de nós vivenciou na escola e nas universidades, implicava em um mestre que detinha o conhecimento e um grupo que estava ali para escutar e aprender com o mestre. Mas lembra como foi aprender a andar de bicicleta? Quando somos parte crucial do nosso processo de aprendizagem, quando estamos em ação, proativos, nossa apropriação é maior e, consequentemente, a memorização (aquisição e evocação) também é. Engaje seu público em missões, convide-o para cocriar a experiência.
>>> Solução: Elabore atividades/missões para uma participação ativa.
Sequestrador de atenção 4: desconexão e endeusamento
Sabe quando você vai a uma palestra e admira profundamente o palestrante, se envolve completamente no conteúdo e se apaixona pela eloquência da narrativa do palestrante, daí você sai de lá, e além de não conseguir replicar o que ouviu, ainda passa pela sua cabeça que faltam anos, talvez vidas para alcançar aquele estado de evolução? Se a pessoa que facilita parece muito distante da nossa realidade, dificilmente vamos achar que o que ela diz é possível e acessível. Podemos gostar muito da abordagem como um todo, mas ter dificuldade para trazer para nossa realidade, nosso cotidiano. E aos poucos aquilo se perde e fica esquecido.
>>> Solução: Gere aproximação e conexão, revele a humanidade por trás do palestrante.
Sequestrador de atenção 5: discurso enviesado
Já aconteceu de você estar escutando uma pessoa, e alguma coisa na fala, no conteúdo, no jeito dela, no tom de voz, bloqueia sua capacidade de se concentrar e de se conectar? Por razões conscientes ou inconscientes algo fica incoerente e por mais que se esforce e não queira julgar, você simplesmente não se conecta. Esse é um risco muito possível ainda mais quando a plateia é grande e bem diversificada. A dica aqui é oferecer pontos de vista distintos, narrativas e pessoas diferentes contribuindo para o enriquecimento do seu conteúdo. Isso aumentará as chances do seu público encontrar pontos de sinergia, conexão e empatia.
>>> Solução: Saia do modelo do discurso único e amplie para outros olhares. Confie na potência da diversidade.
Dentro dos seus serviços, o Lab.vi oferece os Tesouros Achados, convidados inusitados que geram engajamento de partes distintas do público. Há sempre três ou mais tesouros achados que participam dos eventos desenhados pelo Lab.vi, um teórico e especialista, um experiente com bagagem de vida e um agente de transformação gerador de impacto social. Eles apostam na diversidade como um dos pilares cruciais para o design de conteúdo.